Nessa questão de evolução espiritual, acho que já fiz muita coisa. Com pouco resultado você pode dizer e eu concordo...mas , tentei.
Lembro-me de quando fui convidado por uma amiga ...bem, uma conhecida da família em verdade – “amiga” parece coisa de veado. Mas, como estava dizendo, fui convencido por esta pessoa a entrar em um curso de "evolução espiritual".
Uma tal terapia Oriental de Sensibilização Espiritual. Reluto – não a fazer o curso mas a vestir a maldita malha preta que me fez ficar parecendo uma coxinha de urubú.Acabo sucumbindo. O curso é dado por um japonês, provavelmente veado. Todos sentam num círculo em volta do japonês, na posição de lótus. Menos eu,que, como estou um pouco fora de forma, só pude sentar na posição do arbusto despencado pelo vento.
Durante 15 minutos todos deviam fechar os olhos, juntar as pontas dos
dedos e fazer "rom", até que se integrassem na Grande Corrente Universal que vem do Tibete, passa pelas cidades sagradas da Índia e do Oriente Médio e, estranhamente, bem em cima do prédio do japonês, antes de voltar para o Oriente.
Uma vez atingido este estágio, todos devem virar para a pessoa ao seu lado e estudar seu rosto com as pontas dos dedos.
Não se surpreendendo se o japonês chegar por trás e puxar as suas orelhas com força para lembrá-lo da dualidade de todas as coisas. Durante o "rom" faço força, mas não consigo me integrar a tal grande corrente universal, embora comece a sentir uma sensação diferente que depois revela-se ser caimbra.
O que você faria em meu lugar e imagine o que fiz.
a) finge que atingiu a integração para não
cortar a onda de ninguém;
b) finge que não entendeu bem as instruções,
engatinha fazendo "rom" até o lado daquela grande loura e, na hora de
tocar o seu rosto, erra o alvo e agarra os seios, recusando-se a
soltá-los mesmo que o japonês quase arranque as suas orelhas;
c) diz que não sentiu nada, que não vai seguir adiante com aquela bobagem, ainda mais de malha preta, e que é tudo coisa de veado.