quinta-feira, 2 de junho de 2011

Uma boa empresa para se trabalhar...o que é isso?

Nos últimos anos tenho sido vítima da ação de gatunos – amigos do alheio. Na primeira, deixei a janela do carro aberta quando comprava frutas em um mercado e , na segunda, estava dentro do carro esperando um amigo e...o resultado foi um seqüestro relâmpago.
Os ladrões com aquela figura romântica de antigamente – verdadeiros gentleman´s –não existem mais. É a revolução tecnológica.Ou a evolução da espécie. Sei lá!
Mas, ao relatar os incidentes acima pretendo que tenhamos em mente que “quase sempre", nós procuramos os problemas e não o contrário.
Desta forma, uma boa empresa não precisa se preocupar com uma eventual ação sindical.
Os sindicatos – quando organizam suas ações – vêem-se obrigados , por limitações de pernas e fôlego, a escolher seus alvos. E o fazem dentre as empresas que – claro – não são boas.
Mas então, o que é uma boa empresa? Isso é simples, pense na sua e tire suas conclusões.
Por exemplo, uma boa empresa não se preocupa em publicar anúncios em jornais para recrutar candidatos a emprego. Basta publicar em murais internos ou espalhar a noticia entre os colaboradores que se encarregarão de convidar parentes e amigos. Excetuando cunhados, sogras e alguns vizinhos.
A ausência de testes psicológicos de seleção é também uma característica de uma boa empresa. Nada contra os psicólogos mas, em uma boa empresa quem contrata o pessoal são os supervisores e gerentes. Desta forma , os candidatos são selecionados pelo que são e não pelo que poderiam ou gostariam ou imaginariam ter sido.
Não falo aqui de estagiários ou trainee´s que devem ser selecionados – sim – com vistas no seu potencial.
Boa empresa, como todo mundo sabe, remunera bem os seus colaboradores. Mas não necessariamente gasta muito dinheiro com isso. Remunerar não é o mesmo que gastar. Os salários devem ser internamente equitativos. Além disso, as pessoas devem saber as regras de evolução salarial e o que se espera delas para ganhar mais.
E precisam saber disso antes de ficarem insatisfeitas por não saber de nada. Depois disso elas se tornam irrecuperáveis.
Neste estágio...só o sindicato para motivá-las novamente.
Pagar salários justos , entretanto isso exige que os valores relativos dos cargos sejam compatíveis com a realidade atual da empresa – e não da época de sua fundação a dezenas de anos. Há algo de desonesto em se pagar as pessoas por coisas que elas não fazem, em especial quando elas fazem muito mais, com mais complexidade ou com muito mais valor agregado.
Agora, uma empresa ótima é aquela onde o cartão de ponto não tem importância, que seria o sinal que seus colaboradores são responsáveis e gostam muito de seu trabalho. Claro que isso seria o supra sumo ...melhor do que isso, só se não houvesse a obrigação trabalhista deste registro.
E, onde se pratica a transparência, o desempenho das pessoas não pode deixar de ser o principal fator de reconhecimento. Isto é, o que importa é a capacidade objetiva de se atingir resultados e desenvolver equipes de trabalho. Bem, é claro que esta regra não se aplica na Câmara e nem no Senado.
Finalmente, uma boa empresa é aquela que não contrata executivos somente capazes de traçar curvas de produtividade, fazer projeções orçamentárias e cumprir cronogramas. Ela faz questão de contar com gente que além (ou apesar) de fazer tudo aquilo ainda não se esqueceu de ser isso mesmo: GENTE.
Talvez você esteja a comparar a sua empresa com os quesitos anteriores e, mesmo assim,pode estar em dúvida.
Se este for o seu caso, para tirar a dúvida faça um teste bem simples.
Poste-se próximo a portaria de sua empresa no horário de entrada ou saída dos colaboradores e, observe a atuação dos seguranças em relação a eles – e vice-versa.
Se o clima for semelhante a entrada de um presídio ou algo como o filme “Estado de Sítio”...hum , hum...não resta dúvida, definitivamente, não é uma boa empresa.