Hoje acabei por ir ao velório do sócio de um amigo.
Montaram a empresa do nada "literalmente" e, construiram um pequeno império no segmento de recuperação de para choques.
Um negócio próspero , nestes tempos de carros semi descartáveis e de preços tão elevados nas peças.
Acabaram por montar o negócio no momento correto e, com a parceria de seguradoras, decolaram.
O sócio do Júlio, meu amigo, era o investidor mas agora, com a empresa em pleno voo , fará mais falta pelo companheirismo do que pela sua capacidade financeira.
É sempre estranho ir a um velório e, como não poderia deixar de ser , o Júlio estava desolado ao lado de sua esposa.
Me aproximei, nos abraçamos...afinal fazia algum tempo que não nos víamos e, condolências, palavras de apoio e...acabamos por sair da sala do velório e, sempre com sua esposa ao lado, lamentava o fato de ter perdido o companheiro de conquistas profissionais.
Falava do quanto seria bom ter alguém com quem compartilhar os desafios que estavam por vir...alguém em quem confiar cegamente...
Neste momento sua esposa vira-se para ele e diz " Amor, a mamãe não poderia tomar o lugar de seu sócio?"
Julio ohla para sua esposa e placidamente diz: " Por mim tudo bem, seria ótimo, combine com o pessoal da funerária e me avise."
Pois é...fiquei quieto apesar de acreditar que seu sócio - devidamente embalsamado - faria melhor papel que sua sogra.Mas em conversa de marido e mulher...