sábado, 29 de agosto de 2009

ADVOGADOS

Creio que podemos separar os advogados em dois tipos.
O bom advogado, o que não se mete em briga inútil e ganha causas justas . E outros que topam qualquer parada...justamente porque está disposto a ganhar qualquer causa.

Justiça, para este último, é aquilo que aparece escrito nos textos legais e não um valor humanitário. Assim, ele omite e distorce o que estiver a seu alcance contanto que isso lhe permita ganhar do “inimigo”...não importa quem seja.

Deixa, desta forma , de perceber, miopemente, que as suas vitórias serão lembradas pelos que “abateu” como exemplos do abuso e desonestidade do judiciário.
A participação do advogado é necessária em todos os atos jurídicos cíveis, criminais mas...não no trabalhista.

A participação do advogado trabalhista é necessária em apenas duas oportunidades : no contencioso e na redação de um acordo individual ou coletivo. Em qualquer outra pendência cotidiana não há melhor advogado ou juiz do que o próprio gerente da área.

Afinal...ele conhece o pleito do empregado e conhece ...muito bem o próprio empregado, entende os motivos pelo qual está descontente e sabe avaliar a gravidade da falta cometida e, deve ter autoridade para corrigi-la. A única coisa que lhe falta é o conhecimento legal.

A respeito deste ponto...existe uma mitologia que protege a lei trabalhista do entendimento dos leigos. Esta lei é apresentada – por advogados, é claro – como hermética e inintelegível...uma verdadeira “caixa preta”, cujo conteúdo só pode ser interpretado por oráculos especialistas.

Bem...não é nada disso. E isso é efeito ótico provocado pelo instinto de sobrevivência dos tais especialistas .
Para começar é desnecessário o gerente decorar, ou mesmo entender, todas as leis trabalhistas. Basta-lhe conhecer apenas aquelas que incidem sobre as atividades normais de trabalho...que não são muitas. Além disso, a cada aspecto legal, ele é obrigado a saber apenas o essencial, sem ter que decifrar artigos e incisos intermináveis. E, por fim, o tal gerente precisa saber ler português...o que talvez seja o derradeiro empecilho realmente sério.Se for superado...o resto é bom senso, análise, lógica...enfim o tipo de raciocínio que a maioria de nós jura praticar constantemente.