A ferramenta do Século 21: Conhecimento!
Os acontecimentos mundiais sempre foram marcados por grandes ciclos econômicos. Em cada grande ciclo da evolução da sociedade há um símbolo que representa o poder.
Na Sociedade Agrícola a fonte do poder era a posse da terra. O modelo gerencial era a
força, repreensão física e domínio do senhor feudal.
A Sociedade industrial tinha como fonte de poder as indústrias; marcada fortemente pelo
modelo gerencial centralizador e burocrata. Representado por rotinas físicas
extremamente operacionais e repetitivas.
Hoje, a informação e o conhecimento são as fontes do poder e de riqueza mundial. Um
exemplo é a Microsoft que possui um ativo tangível de 37 bilhões de dólares e um ativo
intangível, de aproximadamente 300 bilhões de dólares, ou seja, o conhecimento que as
pessoas têm, multiplicam em quase 10 vezes o valor da empresa, razão pela qual Bill
Gates disse certa vez que, sua empresa tem um valor durante a noite e um valor
inestimável durante o dia.
Qual é o novo perfil do profissional?
A nossa mente é o único patrimônio real que possuímos. O profissional tipo gaveta, que
guarda para si o que sabe estará fora do mercado, pois pesquisas afirmam que em 2020,
80% das profissões deixarão de existir. Por isso você deverá compartilhar o que sabe
enquanto vale alguma coisa.
Hoje, o sucesso das empresas não está mais ligado à capacidade de produção das
máquinas, mais sim da sua capacidade de produzir idéias e soluções criativas e
inovadoras para os problemas ou desafios que nos são apresentados.
O que é ser criativo: é ter idéias novas.
O que é ser inovador: é tornar úteis estas idéias novas.
Então as empresas terão o grande desafio de administrar o conhecimento existente na
sua organização por meio das pessoas. O conhecimento tácito (bagagem de vida) ou
explícito (conteúdo técnico, conjunto de técnicas, normas e procedimentos operacionais).
Como disseminar o conhecimento? Através dos Relacionamentos!
O relacionamento é a artéria principal para fluir o conhecimento, é o facilitador que
constrói alianças estratégicas que leva a empresa a ocupar um melhor espaço e ganhar
mais. Por isso é tido como um novo capital, o capital do relacionamento.
Um exemplo prático é a Xerox que percebeu a importância de tirar o máximo de proveito
dos seus ativos de conhecimento. Em razão disto desenvolveu um sistema de
documentação chamado “Eureka”, onde milhares de técnicos interagem entre si para
compartilhar suas experiências. Suas “Histórias de Guerra”, como assim chamam,
colaboram para facilitar o diagnóstico e conserto das máquinas.
Espaços que agregam!
As empresas, para gerenciar de forma eficaz e eficiente o Conhecimento que existe
dentro dela, precisam criar espaços que agregam.
Uma empresa farmacêutica japonesa, por exemplo, tem um salão de chá onde as
pessoas podem sentar tomar chá e discutir seus projetos com os colegas.
Por meio desse contato social, ocorre a troca de conhecimentos.
Um laboratório Americano possui uma sala virtual chamada “Break Room”, na qual as
pessoas interagem com piadas, avisos de compra e venda, receitas culinárias, datas de
aniversário e outras coisas do gênero. A assistente do presidente da empresa, diz por que
isso é necessário: “Precisamos que as pessoas ajam como uma comunidade, é por isso
que as empresas oferecem coquetéis, recepções, almoços e jantares em eventos
empresariais. Pessoas precisam se relacionar com outras pessoas para trabalharem bem
juntas, compartilhando assim suas experiências”.
Hoje, criar um espaço que as pessoas se relacionem bem, para aí então compartilhar o
conhecimento, torna-se uma questão crucial, pois de acordo com a pesquisa sobre gestão
do conhecimento, 40% dos entrevistados disseram que desejam efetivamente
compartilhar seus conhecimentos, mas não têm tempo para fazê-lo.
Prof. Menegatti é conferencista em Vendas, Motivação e Liderança.